A reposição de imunoglobulina faz parte da vida dos pacientes de IDP. Como cada caso é um caso, o tratamento é adaptado da forma mais favorável a cada pessoa, consoante o método escolhido: endovenosa ou subcutânea. Estão implícitos parâmetros como a frequência do tratamento, a condição física da pessoa, a dosagem e velocidade suportadas, possíveis reacções e efeitos secundários, a disponibilidade da pessoa, etc.
Neste caso em particular, vou analisar quais os prós e os contras da medicação subcutânea. Durante muito tempo fiz a medicação endovenosa, mais ou menos entre os seis e os dezoito anos, altura em que surgiu a hipótese de mudar para a subcutânea. O que significa que faço esta medicação há quase dez anos. Para mim foi a melhor alternativa que podia ter encontrado, mas nem toda a gente se adapta, o que significa que esta não é uma questão assi tão simples.
Portanto, a medicação subcutânea pode, efetivamente, facilitar a vida dos pacientes de IDP, porque:
- É possível fazer em casa, sem perder um dia no hospital;
- É possível ser o próprio a puncionar (as crianças devem ser sempre acompanhadas por um adulto);
- É menos doloroso e incómodo;
- Mantém os níveis de imunoglobulina mais estáveis;
- Demora menos tempo;
- Confere alguma flexibilidade.
Por outro lado, tem a desvantagem de ter que ser feito com maior frequência, todas as semanas e entre uma ou duas vezes por semana, conforme o caso e de a pele ficar calejada com o tempo (o mesmo acontece às veias quando são consecutivamente puncionadas). Acresce ainda o facto de que pode, às vezes, camuflar alguns sintomas de infecção. No entanto, torna-se mais segura e confortável do que a terapia endovenosa e apesar de raras excepções, a terapia subcutânea tem sido um grande êxito entre os pacientes de IDP portugueses.